Não inquiete o seu coração

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Raymundo se encontrava preocupado com a perda de alguns missionários. Antes de ditar a mensagem semanal, Nossa Senhora lhe concede alguns esclarecimentos. “Meu filho, não inquiete o seu coração com coisas que estão sob o meu comando, mesmo que não as entenda. Elas têm um sentido no Céu que foge ao seu entendimento”.

17 de janeiro de 1995 

Nesta madrugada eu estava pronto para receber a mensagem A luz que vem de Deus é que dissipa as trevas criadas pelo Diabo. Logo após o coro dos anjos, Nossa Senhora me disse:

– Meu filho, no dia 11 teremos um encontro importante. Será necessária uma preparação intensa, porque o que lhe será transmitido é de uma importância fundamental para a conclusão das diretrizes da minha Obra com você.

– Onde a Senhora quer que eu a espere?

– Onde você estiver, lá estarei. Mas que seja um lugar tranquilo.

– A que horas, Senhora?

– Às 5 horas da tarde.

– É necessário que seja em uma igreja?

– Não. Leve consigo os terços que estão com você.

– Os cinco?

– Todos eles.

– A Senhora indicará o restante dos pequeninos especiais1?

– Lá você saberá.

– Posso lhe fazer uma pergunta antes de a Senhora ditar a mensagem de hoje?

– Você ainda se inquieta com o que tem acontecido com o grupo missionário, e isto não é bom.

– Como a Senhora sabe que continuo preocupado?

– Porque Deus me concedeu a graça de conhecê-lo. Por isso sei o que o perturba.

– Deus permite que a Senhora adivinhe até os meus pensamentos?

– Deus me abriu o seu coração quando você me deu o consentimento para esta Obra. Portanto, é de meu interesse guiá-lo e ajudá-lo a superar esses problemas iniciais em relação a tudo o que se passa com você.

– Iniciais? Então terei outros?

– Você terá muitos. Está desanimado?

– Não, Senhora, só peço que fique perto de mim, para que eu não venha a desanimar.

– Deus permitiu que o grupo missionário fosse invadido por lobos em pele de cordeiros, para reafirmar o que lhe digo: que a força do demônio é grande e poderosa. Na indicação do terço do irmão de Tiago estava escondida, também, a personalidade de Iscariotes. Refugiem-se agora na oração, porque eles querem destruir o que não compreendem.

– Nós perdemos mais um pequenino. Eu e os missionários estamos muito tristes. Como fazer agora?

– Vocês não perderam nada, porque o Hélio está comigo totalmente participante da graça de Deus. Ele foi resgatado da Terra para o Céu pelos seus méritos e pelo que fez pelo movimento. Deus permitiu que Eu pessoalmente o levasse a Ele. Diga ao Francisco que o resgate do irmão foi o meu presente.

– E o terço dele, onde a Senhora quer que fique?

– O terço de Simão tem as minhas graças, como todos os onze. Que fique, então, com o grupo que o Hélio iniciou em sua casa. Seu terço será agora a minha aliança com esse grupo.

Eu, com muito jeito, arrisquei a pergunta:

– Nossa Senhora, e a Ricardina? Ela não quer mais a sua imagem. Como fazemos? Porque o grupo não está segurando a imagem, ela é que não quer vir buscá-la.

– Deus a colocou surda para recebê-la e cega para perdê-la.

– Não entendi; ela não está cega.

– A benção de Deus está sobre a sua família, mas ela não perceberá isso. Estará cega a essa graça.

– Mas ela defende a Senhora, e acho que isso é somente um contratempo.

– Eu conheço o seu coração.

– Mas então por que a Senhora deu a ela a imagem?

– Eu reparti com ela o mesmo pão que meu Filho repartiu com Iscariotes: a minha imagem. O restante, somente ela poderá decidir o que fazer.

– Quer dizer que a Senhora sabia que ela iria traí-la?

– Meu filho, não inquiete o seu coração com coisas que estão sob o meu comando, mesmo que não as entenda. Elas têm um sentido no Céu que foge ao seu entendimento.

Passemos agora à mensagem desta noite.

 

1 Nossa Senhora escolheu doze “pequeninos especiais”, de quem esperava uma maior dedicação à Obra Missionária.

 

Referência: LOPES, Raymundo. Anjos na Basílica de Lourdes. In: LEMBI, Francisco (Org.). Diálogos com o Infinito. Belo Horizonte: Magnificat, 2007. p. 58-59.

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