Minhas palavras têm um único objetivo: alertar a Igreja sobre a vinda de Jesus, promover uma evangelização eficaz

Minhas palavras têm um único objetivo
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Raymundo recebe instruções sobre como proceder com as mensagens recebidas nos nove primeiros encontros. O arcebispo de Belo Horizonte, Dom Serafim, será exortado a promovê-las e a iniciar uma cruzada usando o Rosário unido à Eucaristia, em campanha por todo o Brasil.

30 de junho de 1992

Terminados os nove encontros, achei que as manifestações teriam chegado ao fim. Procurei o padre Mário1 para que me orientasse sobre como agir com aquele conjunto de mensagens. Eu pensava em publicá-lo. O padre Mário, porém, condicionou a sua ajuda a um sinal prévio de Nossa Senhora a esse respeito. Mas como fazer, se Ela mesma havia dito que não retornaria mais, a não ser em caso extremo? Seria este um caso extremo?…

Hoje voltei a conversar com o padre Mário no Colégio de Nossa Senhora do Monte Calvário. Mais uma vez percebi a sua ansiedade na obtenção de uma resposta. Resolvi então que, depois do Terço na Basílica de Lourdes, pediria a Nossa Senhora um sinal ou instruções sobre como proceder com as mensagens. Estava mais uma vez confuso com a situação, e apreensivo. Tinha nas mãos o terço da minha mãe, e percebemos que durante a nossa conversa ele tinha perfumado. Seria este um sinal?… Ainda assim, desejava algo mais objetivo, que me tirasse a dúvida: publicar ou não? Esperar ou não o pronunciamento do arcebispo?

Estive com o padre Narciso pouco antes das 17 horas. Falei das minhas dúvidas e ansiedade, e o convidei a rezar o Terço, porque tinha um forte pressentimento de que Nossa Senhora falaria comigo, apesar de ter ouvido dela, no dia 7 de abril, que não a veria mais, a não ser em caso extremo. Ele aceitou o convite e concordou que, se fosse um caso extremo, com certeza Ela me atenderia. E me sugeriu que lhe pedisse um sinal da sua presença.

Outra dúvida que me atormentava: deveria ou não insistir para que o Dom Serafim me ouvisse sobre essas revelações?

Padre Narciso me acompanhou até a basílica. Lá, ficou um pouco afastado, mantendo uma certa discrição. Pouco antes de começar o Terço, com a basílica repleta de fiéis, pedi a Nossa Senhora o sinal. E mais uma vez o meu terço começou a recender o conhecido perfume de rosas. Fui ao padre Narciso e lhe mostrei o terço. Ele o pegou e, percebendo o cheiro, disse:

– É o sinal do Céu. Volte para o seu lugar e espere, que Nossa Senhora vai falar com você.

Retornei e rezei o Terço nesta intenção.

Depois, esperei a igreja esvaziar um pouco e me dirigi à gruta, o mesmo local onde Nossa Senhora havia aparecido nos dias 24 de março e 7 de abril. Comecei a rezar, e de repente lá estava a luz azulada, como no início das aparições. Eu não via a Senhora, apenas a luz, e dela veio a voz:

– Por que me indaga se deve ou não tornar público o que lhe disse? Por acaso falei alguma coisa que deva ser escondida? Por acaso declarei algo que vá contra o Evangelho? Estou fazendo o que lhe prometi; faça agora o seu trabalho, pois o preparei para isto e lhe darei recursos. Não deixe o seu coração descontrolado diante das primeiras dificuldades, caso contrário nada disso terá curso. Minhas palavras têm um único objetivo: alertar a Igreja sobre a vinda de Jesus e promover uma evangelização eficaz, para que a Igreja da América Latina possa estar apta a enfrentar o novo milênio sem problemas de ordem espiritual. Fiz chegar até você pessoas que levarão às maiores autoridades da Igreja o que lhe falo, para que possam com isso promover uma evangelização eficaz. Fiz do seu bispo autoridade para levar a eles as minhas palavras. Eu conduzo tudo isso, mas não posso obrigá-los. Desejo que saia do Brasil o modelo da Igreja que poderá florescer em Santo Domingo. Eu tracei o caminho a ser seguido, mas somente vocês poderão torná-lo realidade. Entretanto, se deve ou não insistir com o seu bispo, fará o que vou lhe instruir, mas é meu desejo que não publique as instruções e que não fale delas a ninguém, por ser também desejo do Senhor Jesus que isto seja feito pelo caminho normal, sem interferência de ninguém. Você deverá insistir com o seu bispo para que ele o receba por um período de nove anos. Fará quantas cartas forem necessárias pedindo-lhe audiência. Findado este período, vá à cúria, peça para ser recebido e entregue a ele este meu pedido, por escrito:

Senhor Cardeal, a Providência Divina o faz portador de um desejo de Deus. É urgente e necessária uma nova evangelização na América Latina. O Brasil será o centro evangelizador para todo o continente se o meu pedido for atendido. O Senhor Jesus me permitiu fazê-lo autoridade na Conferência de Santo Domingo, para que faça valer esta autoridade na Igreja Latino-Americana. A Igreja na Europa passará a partir de agora por graves questionamentos, e os respingos dessa enxurrada de dessacralização cairá na América, abrindo caminho para que seitas e deformações religiosas penetrem na Igreja. O próximo Papa não terá forças para conter esse avanço, e você foi escolhido para levantar o meu estandarte contra essa investida demoníaca. Desejo que faça uma grande cruzada usando o meu Rosário com a Eucaristia, liderando uma campanha em todo o Brasil, o mais urgente possível. Viabilize minhas mensagens dadas aqui e promova o Terço contemplado, como ensinei. Faça da Basílica de Lourdes o ponto irradiador deste meu pedido, e exorte os brasileiros a acolherem o que peço. Se fizer o que peço, verá um grande milagre de conversão em massa em todo o continente americano, e Belo Horizonte se transformará num importante centro evangelizador. Sua imagem será grande diante do Deus Todo-poderoso, e verá o ocaso do seu sacerdócio coroado com as graças do Céu. Caso contrário, será grande a ruína provocada pela omissão.

Percebi que Nossa Senhora tratava Dom Serafim por “cardeal”, e perguntei-lhe por quê. Ela disse:

– Escreva conforme escutou. O seu bispo será tocado no coração para que compreenda. O meu nome pisará a cabeça do dragão, e dele florescerá o lírio da pureza.

– Senhora, posso então dizer tudo isso ao padre Mário e ao Dom Serafim?

– A não ser o que lhe peço que não fale agora, por que não? Dom Mário me escreve cartas. Serão sinceras? Por que não as divulga? Fiz de Dom Serafim autoridade em Santo Domingo. Ele sabe que tem poder para divulgar o que estou lhe falando. Por que não o faz? São regras simples para o futuro da Igreja da América Latina. A Dom Mário, que seja sincero; a Dom Serafim, que seja fiel à Igreja.

– A Senhora me disse que conduz tudo isso e tem seus caminhos. Que caminhos são esses? Se eu não conseguir chegar ao bispo, será tudo conduzido da mesma forma?

– Não. Estou fazendo você portador destas instruções. Caso não as conduzam conforme o meu desejo, serão outros os caminhos. Eu facilito o entendimento, mas não posso obrigá-los.

– Posso saber quais serão esses caminhos?

– Não, não pode. Pertencem a planos divinos, que não tenho permissão para divulgar. Leia o que lhe relatei em nossos diálogos; a resposta está lá. Fique tranquilo e tenha fé. Conforme lhe prometi, estou com você. Que a paz de Jesus esteja com você e que o Espírito Santo o ilumine.

Dizendo isto, a luz começou a desvanecer-se até desaparecer.

Mais tarde, estive no Mosteiro de São Bento com a irmã Margarida. Lá redigi e li com atenção parte deste diálogo. Resolvemos colocá-lo num envelope e lacrar. Antes, porém, telefonamos ao padre Narciso, que manifestou igual opinião. Causou estranheza o fato de Nossa Senhora, neste diálogo, ter tratado Dom Serafim de “cardeal”, pois sabemos que ele não é. Em outro envelope coloquei a mensagem que deveria ser entregue ao Dom Serafim2.

 

1 Padre Mário Gerlin.

2 Nove anos depois, quando a mensagem foi entregue, Dom Serafim já havia se tornado cardeal. Recebeu a investidura no dia 21 de fevereiro de 1998.

 

Referência: LOPES, Raymundo. Minhas palavras têm um único objetivo: alertar a Igreja sobre a vinda de Jesus, promover uma evangelização eficaz. n: LEMBI, Francisco. O Terceiro Segredo: A Vinda de Jesus. Belo Horizonte: Sim, 2005. p. 49-52.

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