Eu sou o dono do tempo

image_pdfimage_print

Preocupado com o cumprimento de predições, Raymundo ouve Nosso Senhor. “Eu sou também o dono do tempo, e esse tempo se estende também ao livre-arbítrio de vocês. Wojtyla, por sua férrea vontade em deixar para a Igreja documentos importantes, fez com que minha vontade também se estendesse a ele. Mas a sua hora chega”.

26 de maio de 2003

Cheguei a Fátima pela manhã do dia 26 de maio. Fui diretamente à Capela do Santíssimo Sacramento (Laus Perene) para rezar um pouco. Ajoelhei-me e disse:

– Bom dia, Jesus. Estou aqui à sua disposição. O que deseja de mim?

Por um breve espaço de tempo comecei a escutar uma música suave e me vi num lugar lindo, todo azul, e uma luz brilhante me seguia. Escutei então uma voz suave mas firme, indiscutivelmente masculina:

– Você fez bem em obedecer ao meu comando, porque o seu espírito clama por uma resposta àquilo que é decidido por mim, e é de minha vontade atender o seu pedido.

– Senhor Jesus, o que me aflige é ter ouvido em Belo Horizonte, há seis anos atrás, que o nosso querido papa1 em breve estaria com o Senhor, e passado todo esse tempo ele continua entre nós. Por que isso está acontecendo?

– Pois então, Eu sou também o dono do tempo, e esse tempo se estende também ao livre-arbítrio que dei a vocês. Wojtyla, por sua férrea vontade em deixar para a Igreja documentos importantes, fez com que minha vontade também se estendesse a ele. Mas a sua hora chega.

– Senhor, pode me explicar como isso aconteceu? Porque entendo que desde o início do pontificado dele essa vontade férrea de que o Senhor fala já estava instalada.

– Não, não estava instalada. Inicialmente, Eu e minha santa e doce Mãe pedimos a você que reunisse o grupo missionário em oração e livrasse Wojtyla dos perigos que estava correndo. Depois, as orações de vocês possibilitaram colocar no intelecto de Wojtyla a necessidade de deixar a Igreja munida desses documentos importantes. Foi através dessas orações que tudo isso aconteceu.

– Senhor, por que estou aqui?…

– Estou tirando de você o seu jardim, porque é necessário que ele seja estendido à Obra Missionária de minha doce e santa Mãe. E foi por vontade dela que agora você está aqui, neste local.

– Que jardim é esse, Senhor?…

– Quando retornar à sua pátria, saberá.

– Senhor, e a Obra Missionária? Isso também me aflige.

– Sou o dono do tempo, não se aflija por aquilo que não lhe compete. É necessário este tempo, pelo mesmo motivo que dei a Wojtyla a oportunidade de resolver questões que irão influenciar no andamento da Igreja.

– Senhor, tem alguma coisa que eu possa fazer para o agradar?

– Tem.

– O que é, Senhor?

– Em agradecimento a tudo aquilo que a minha doce e santa Mãe lhe passou durante todo esse tempo, gostaria que dedicasse o ano próximo a esses ensinamentos.

– Como posso dedicar isso à sua doce e santa Mãe, Senhor?

– Agilizando e fazendo imprimir o trabalho catequético amparado nas palavras de minha doce e santa Mãe e dedicando o ano próximo aos ensinamentos dela.

– O Senhor fala do catecismo leigo, que estamos formando com as mensagens dela?

– Você terá muitos problemas, mas é disto mesmo que estou falando.

– Pode estar certo, Senhor, já estava na minha intenção essa tarefa. Já até comentei com uma missionária isso que tenho em mente, e farei tudo para que aconteça.

– Não é você que tem isso em mente, é a minha doce e santa Mãe que lhe inspira esse procedimento. Atenda ao deseja dela. Volte agora à suas ocupações normais e não fale nada a ninguém sobre o nosso diálogo antes de retornar à sua pátria.

– Por quê, Senhor?

– Sou o dono do tempo, e esse tempo é necessário.

Dizendo isto, comecei a sentir no rosto uma brisa suave. A luz azul começou aos poucos a apagar, e quando me dei conta estava ajoelhado na capela. Saí dali com o espírito em paz pelas respostas que obtive de Jesus. Somente em relação ao jardim é que pairava dúvida: que jardim seria esse?…

De volta ao Brasil, em São Paulo, tive a notícia do falecimento da minha querida filha, Miroca, como a chamava, e lembrei-me das palavras de Nossa Senhora há 11 anos atrás: “Da pequenina flor nascerá um imenso jardim”.

 

1 João Paulo II.

 

 

Referência: LOPES, Raymundo. Eu sou o dono do tempo. In: LEMBI, Francisco. O Terceiro Segredo: A Vinda de Jesus. Belo Horizonte: Magnificat, 2005. p. 122-124.

ALGUMAS SUGESTÕES DE LEITURA

Profecias

Profecias

Na carta transcrita abaixo e enviada ao Missionário Francisco Lembi, Raymundo Lopes descreve a origem do que se convencionou chamar na Obra Missionária de Profecias. São pequenos registros do que Raymundo ouviu de vozes desconhecidas. “Prezado Francisco, Francamente,...