Padre Libério Rodrigues Moreira

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Raymundo sonha com o momento da morte do padre Libério Rodrigues Moreira. Nossa Senhora diz ao padre: “Por sua devoção ao Coração do meu Filho amado, pela devoção à minha pessoa e pela devoção ao meu castíssimo esposo, venho lhe fazer companhia nesta hora”.

02 de maio de 2009 

Não conheci este padre, mas escutei muitas vezes relatos que mencionavam a sua virtude, a sua humildade e o seu conhecimento profundo dos caminhos que levam a Jesus. Sei que as pessoas de Bom Despacho têm muita devoção pela sua alma.

Na semana passada, estive com a Terezinha Lembi. Nesta ocasião, vi em cima da mesa do computador um santinho com a figura do padre Libério. Achei interessante, e comentei:

– Conheço a figura desse padre!…

A Terezinha foi logo contando:

– Tenho muita devoção pela alma desse padre, e tenho vontade de pedir às pessoas orações para a beatificação dele. Mas depois do último diálogo seu com as almas, não sei se devo fazer isso. Fiz este santinho que desejo distribuir, mas gostaria antes de ter a certeza de que a alma dele já está no Céu. Você não poderia colocar este santinho no Sacrário da Capela Magnificat?

Achei estranho o pedido, porque não sabia como fazê-lo. Não sabemos nada do que acontece do outro lado da vida. Mas, pela misericórdia de Deus, Ele poderia nos dar notícias desse padre, que vejo como um santo pelo que me dizem as pessoas que conviveram com ele.

Com muito cuidado, coloquei o santinho no Sacrário no dia 02 de maio, por volta das 10:30 horas, e não falei nada. Na mesma hora senti uma pontada no meu olho doente, o direito, e quase desmaiei. Sentei-me na cadeira em frente ao Sacrário, e fiquei quieto para ver se a dor aliviava. Devo ter ficado assim por mais ou menos meia hora.

Quando resolvi levantar-me, senti uma nova pontada, e desta vez mais forte. Consegui ir até à pia que há na frente dos banheiros. Joguei água no rosto, fui para o quarto e deitei-me.

Nisso sonhei com um quarto que me pareceu ser de um hospital, porque tinha enfermeiras e um balão de oxigênio ao lado da cama, que era dessas de ferro que existem em hospitais. Na cama estava deitado um homem idoso, de idade muito avançada, que respirava com dificuldade.

Em dado momento, chegou ao quarto Maria Santíssima, mas ninguém a via, porque ninguém lhe dava atenção e nem notava a sua presença. Ela aproximou-se do homem e disse:

– Por sua devoção ao Coração do meu Filho amado, pela devoção à minha pessoa e pela devoção ao meu castíssimo esposo, venho lhe fazer companhia nesta hora. Pelos seus pedidos para que as pessoas comungassem nas primeiras sextas-feiras de cada mês e por pedir a Deus pelas famílias, venho lhe fazer companhia nesta hora. Pelos Terços que rezou e pediu que outros rezassem, venho lhe fazer companhia nesta hora. Pelos Pai-Nossos, pelas Ave-Marias, pelos Glórias, pelas dores e alegrias do meu castíssimo esposo, para que vocês tenham condições de obter graças do Céu, pedi ao Pai que me desse o privilégio de levá-lo até Ele, nas delícias do Paraíso.

O homem olhou para Maria Santíssima, levantou-se e saiu do quarto com Ela. Percebi que as pessoas choravam, e diziam:

– Ele morreu.

Saí do quarto e vi uma folhinha dependurada no corredor do hospital, com uma data marcada: 21 de dezembro de 1980.

Depois encontrei uma pessoa no corredor, a quem perguntei:

– Isto é um hospital?

– Claro que é um hospital.

Perguntei de novo:

– Como se chama este hospital?

– São João de Deus – ele me respondeu.

– Que homem era aquele daquele quarto? – perguntei apontando para o quarto em que ele estava ladeado de pessoas, muitas delas chorando.

– Era um padre, um padre santo. Acaba de falecer com a idade avançada, mas cheio de vigor religioso no coração.

– Qual o nome dele?

– Padre Libério, padre Libério Rodrigues Moreira.

Ele me perguntou o meu nome, e eu lhe disse:

– Raymundo Luiz Moreira Lopes.

– Era seu parente? – ele perguntou.

– Não, nem o conheci.

Neste momento acordei. Desci e fui apanhar o santinho no Sacrário, e tive outra crise de dor na vista. Sentei-me na poltrona da capelinha, quando então percebi, nos braços da imagem de Nossa Senhora, o santinho do padre Libério.

 

Referência: LOPES, R. Padre Libério. In: LEMBI, Francisco. Raymundo Lopes, Daniel: Uma incógnita dos finais dos tempos. Belo Horizonte: Magnificat, 2010. p. 119-122.

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