Missionários da Divina Eucaristia

Eucaristia
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O arcanjo aparece a Raymundo Lopes na Capela Magnificat. Adverte sobre os ataques que a Santa Eucaristia sofrerá após a morte de João Paulo II. “A Eucaristia será ameaçada por uma hipócrita inversão de valores”. Depois indica a criação dos Missionários da Divina Eucaristia, instituição que reunirá os fiéis à doutrina da Igreja.

11 de novembro de 2000

No dia 5 de novembro de 2000, retornando de Aparecida, ainda em viagem, acertamos uma reunião para o dia 11 de novembro, às 15 horas, na Capela Magnificat. Participaram da reunião alguns missionários presentes naquela viagem (Raymundo Lopes, Geny, irmã Gertrudes, Francisco Lembi, Maria Antônia Ribas, Marília Azevedo, Anaceli Azevedo, Socôrro Tavares) e outros depois convocados (irmã Bruna, Maria da Luz, Maura Azevedo e Eustáquio França), com o objetivo de lançar os alicerces de uma instituição que acolheria e estimularia vocações sacerdotais e vidas consagradas, com a participação de leigos.

Ao final do dia, por volta das 11 horas da noite, chegando de outro compromisso, notei ao estacionar o carro que havia um clarão dentro da Capela Magnificat. Ao entrar em casa para pegar a chave da capela, vi entre os troncos da quaresmeira um garotinho vestido de branco. Era o mesmo de outras aparições. Ele estava sentado num dos troncos, tendo nas mãos umas contas luminosas, com as quais brincava muito feliz. De repente o menino pulou do galho até o chão, e depois até o piso onde me encontrava:

– Vamos à capela? – ele perguntou.

Entrando na capela, o garotinho caminhou até o altar. Depois passou a mão carinhosamente na porta do Sacrário, dizendo em voz alta:

– Estamos aqui, Senhor bom Deus, conforme ordenaste.

Em seguida surgiram nas mãos do menino pequenas contas de luz, que pareciam um terço. Ele as passava pelos dedos, e rezou do seguinte modo. Na primeira conta, o Credo; nas três seguintes, o Pai-Nosso; e na quarta, a Salve-Rainha. Nas dezenas, ele dizia: “Graças e louvores se deem a todo momento”, e um coro de vozes completava: “Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento”. Na conta maior, entre cada dezena, rezava a Salve-Rainha. E finalizando, rezou aquela oração em favor da Igreja, para a defesa dos seus dogmas e preceitos, que escrevi em outra ocasião, na presença mesmo anjo. Terminada esta oração, as contas de luz desapareceram.

Esta é a oração rezada no final:

“Senhor Jesus,

Disseste aos teus apóstolos que devemos pedir ao Pai Celeste, em teu Nome, tudo aquilo que desejamos.

Por favor, Pai Celeste, em nome do teu divino Filho, interfira na Igreja Romana, criada sob o comando de Pedro, para que fique livre, de uma vez por todas, do erro da dessacralização e da apostasia em que se encontra. Estamos iniciando um novo milênio presenciando uma perigosa divisão em suas fileiras, e sabemos que uma Igreja dividida, “tropeçando em seus próprios erros”, como declarou a muitas vezes santa Mãe do Senhor Jesus, não terá um futuro promissor, a menos que seja urgentemente saneada desses erros. O demônio avança com uma força nunca vista nestes últimos tempos, atingindo seus dogmas, preceitos e diretrizes, fazendo com que cardeais, bispos e padres se digladiem na presença indefesa de nós, fiéis, em torno de uma teologia interesseira.

É público e notório o sofrimento de Sua Santidade João Paulo II em meio a tudo isso. A Igreja Romana somente será salva pela tua divina interferência, pois humanamente nada podemos fazer para estancar esse processo. Sabemos que as portas do Inferno não prevalecerão contra Ela, mas não desejamos de forma alguma participar ou viver esse processo degradante, que leva milhares e milhares de católicos a abandonarem suas fileiras, para ingressarem em seitas e deformações religiosas. E é lembrando essa promessa que desejamos ardentemente, agora, a tua divina interferência. De todo o coração a pedimos. Amém”.

Depois, o anjo manteve comigo um breve diálogo, dizendo-me, entre outras coisas:

– Você está fazendo exatamente o que o Senhor bom Deus o inspira para que faça. E o que sua muitas vezes santa Mãe lhe pede, tem feito com muito amor. Mas ainda tem muito por fazer.

– O quê, por exemplo?

– O Senhor bom Deus deseja que defenda a Eucaristia, porque depois que Wojtyla partir uma onda de descrédito e desrespeito cairá sobre Ela. As instituições já sedimentadas na Igreja cairão como por encanto nas garras do Diabo, levadas por ensinamentos completamente desvirtuados do Evangelho. Farão valer seu poderio para levar às classes mal informadas dos leigos diretrizes vindas das camadas altas do clero. E isto trará muitos sofrimentos aos que se mantêm fiéis ao Santo Padre e ao que ensinou Jesus. A Eucaristia será ameaçada por uma hipócrita inversão de valores.

– Mas isso é muito grande!… Como posso ajudar?… Eu não tenho nenhum poder… Evitar isso contando comigo é um desastre!… Entendo que deve procurar talvez um bispo ou um cardeal que tenha amor a Jesus e impeça que isso aconteça.

– Jesus deseja contar com você, para que mais tarde o mundo compreenda que essa reação, simples e desprovida de poder, é o instrumento do Todo-Poderoso. O Calvário!… O Calvário!…, ele exclamou. O que você presenciou hoje nesta capela foi direcionado por Jesus e sua muitas vezes santa Mãe. Eles desejam que faça todo o necessário para que se concretize uma instituição de leigos, com fundamentos para, num futuro próximo, ter nela sacerdotes e vidas consagradas fiéis à doutrina de Cristo. Chame-os Missionários da Divina Eucaristia. Convoque todos os ministros eucarísticos de que dispõe e procure fazer com que todo o seu país possa fazer parte deste movimento, usando dos ministros eucarísticos. Instrua-os. O Senhor Jesus fará com que as diretrizes necessárias ao andamento dessa instituição se façam e caminhem conforme o seu desejo. As pessoas convocadas para a reunião de hoje serão a semente da instituição de amanhã.

Dizendo isto, convidou-me a sair da capela. Dirigiu o olhar para um crucifixo do Cristo vivo, que estava ao lado, e exclamou:

– Senhor bom Deus, a tua divina vontade está sendo feita.

Depois, virando para mim, continuou:

– Vamos.

Ao sair da capela, quis fechar a porta, mas ela se fechou sozinha, e os cadeados também. Surpreso, perguntei a ele:

– Como você fez isso?…

– Não fui eu, foi o Senhor bom Deus – respondeu sorrindo.

Depois caminhou até a quaresmeira, apanhou as contas luminosas que tinham ficado na árvore, e sem que eu percebesse como, desapareceu.

 

 

Referência: LOPES, Raymundo. Missionários da Divina Eucaristia. In: LEMBI, Francisco. O Terceiro Segredo: A Vinda de Jesus. Belo Horizonte: Magnificat, 2005. p. 140.

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